A cultura da paz e a não violência são aprendizagens urgentes e possíveis. Precisamos por meio de processos educativos, já milenares e cientificamente consolidados, desenvolver, desde os mais tenros anos, uma abertura e coragem para abandonar as velhas crenças e conceitos de que essas são ideias impossíveis e utópicas. Esse modo pessimista e reacionário de pensar apenas tem contribuido para perpetuar essa velha e falida condição sociocultural discriminadora e preconceituosa de se viver  na sociedade pós-moderna, segregando e marginalizando as pessoas e, sobretudo, gerando cade vez mais sofrimento. Todo ser humano é uma semente de paz, com totais condições de mudar sua mentalidade e construir valores éticos, desde que, obviamente, seja dada a oportunidade a ele.

Através da meditação podemos abrir as portas da nossa consciência e nos transformarmos em seres humanos mais atentos à forma de nos manifestarmos no mundo e, como consequência, transformar as nossas relações com todos os indivíduos, como semelhantes que somos, e com todas as formas de vida em nosso planeta. A prática comprometida e continuada da meditação promove o resgate de valores que já estão dentro de todos nós, muitas vezes já obscurecidos pelas condições adversas e contraproducentes do modo de vida como nos desenvolvemos.

O reencontro com a compaixão, equanimidade, respeito e dignidade, elementos naturais do ser humano, precisa ser desperto para que possamos conviver em paz, solidariedade e não violência já.

É hora de todos nós abrirmos os olhos para a busca, primeiramente, da paz interna, condição primordial para a expansão da paz no mundo, porque nosso mundo exterior reflete o que está em nosso mundo interno, em nível coletivo.

Ao regularmos nosso pensamento de forma intencional, não julgadora, aberta e carinhosa, surge o potencial de, paralelamente, orientar o mundo para se transformar num ambiente coletivo mais pacífico e amoroso e, no mínimo, não violento.

A meditação pela Paz Mundial se disseminou quando milhares de pessoas de todo o mundo foram motivadas a meditar conjuntamente durante uma hora por tal objetivo. Com o passar do tempo, a meditação se popularizou e se disseminou por centenas de países, atraindo atualmente milhares de pessoas.

Nessa direção, o Hanamatsuri visa promover a cultura da paz e da não violência, o respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, e ao cultivo de uma visão multiétnica, pluricultural e inter-religiosa, oportunizando a todos que querem comemorar o nascimento do Buda Shakyamuni palestras e apresentações que buscam desenvolver uma abertura e tomada de consciência em prol de uma convivência coletiva mais harmoniosa e pacífica. 

Daniela Sopezki

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